domingo, novembro 21, 2010

Há dez anos, 'A grande família' mostra um cotidiano cheio de humor

A grande família faz dez anos no ar - Foto: Divulgação/ TV Globo
 Toda família, rica ou pobre, tem aquele parente meio trambiqueiro, o outro que é preguiçooooooso, a mãezona zelosa, o patriarca certinho que vive passando sermões, a jovem sempre antenada com a moda... e os vizinhos curiosos que vivem se intrometendo onde não são chamados. Não é à toa, portanto, que há uma década a palavra mais ouvida pelo elenco de “A grande família” nas ruas seja “identificação”. Nas noites de quinta-feira, Lineu (Marco Nanini), Nenê (Marieta Severo), Tuco (Lúcio Mauro Filho), Bebel (Guta Stresser), Agostinho (Pedro Cardoso) e seus agregados divertem o telespectador com as situações mais absurdas e, ao mesmo tempo, cotidianas dos brasileiros. Nessa hora, a TV funciona como um espelho, e rir das próprias desgraças é o melhor remédio.
— Essa família é muito reconhecível! Desde o início, ouço por aí: “Minha mãe é igual à Dona Nenê!” ou então “Eu queria ser sua filha!” — conta Marieta, que reconhece até a si mesma na dona de casa mais famosa do Brasil: — O que mais exerci na vida foi esse lado maternal. Ele está à frente de tudo, embora não seja único, já que trabalho fora desde os 18 anos. A diferença é que, enquanto a Nenê faz cozidos maravilhosos, sou um desastre na cozinha. Me manter longe do fogão é uma questão de sobrevivência.
Típica “garota Zona Sul”, Marieta nasceu no Leblon e vive há mais de 30 anos na Gávea, não tendo ligação com o subúrbio carioca, ambiente em que se passam as histórias da Família Silva. A veterana, porém, se “defende”:
— O bacana do ator é que ele não precisa estar lá para saber. A gente vai absorvendo de tudo um pouco ao longo da vida, vai observando e captando aqui e ali.
Lúcio Mauro Filho é outro que nasceu em berço esplêndido. Só que, desde a adolescência, se aventura a atravessar os túneis do Rio para experimentar outros modos de vida:
— Sou filhinho de papai da Zona Sul. Só fui realmente conhecer o subúrbio carioca com 18 anos, apresentando peças nas lonas culturais. Mas sempre adorei funk, e frequentava bailes nos lugares mais distantes possíveis.
Mesmo quem não é carioca da gema, como o pernambucano Marco Nanini, acaba colocando um pezinho no subúrbio...
— Nasci em Recife e, com 4 anos, comecei a rodar o Brasil. Fiquei um tempo na Bahia, no Amazonas, em Minas Gerais, e cheguei ao Rio com 10 anos. Meus pais moraram na Ilha de Paquetá e na Penha — lembra Nanini.
Curitibana, Guta Stresser consegue enxergar semelhanças entre o jeito de viver naquela cidade do sul do país e aqui nos arredores cariocas.
— Curitiba é um grande subúrbio, no sentido de ser um lugar muito provinciano. Os vizinhos se frequentam, todo mundo se conhece. Na minha época de adolescente, as meninas frequentavam clubes e usavam topete com laquê. Eu mesma debutei com vestido branco! — diverte-se a atriz, que, radicada na Cidade Maravilhosa há 15 anos, adora se espalhar por aí: — Moro no Jardim Botânico, mas curto assistir a uma partida de futebol no Engenhão e saio com os amigos para tomar caldinhos e sopinhas em regiões distantes da Zona Norte.
Extra Online

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