Jill Clayburgh, atriz indicada ao Oscar e que se especializou em interpretar mulheres independentes que saíam da sombra dos homens, morreu na sexta-feira, aos 66 anos, de acordo com o New York Times.
A atriz morreu de leucemia, na sua casa em Connecticut. Ela já vivia com a doença há duas décadas, de acordo com o Times, que citou o marido, o dramaturgo David Rabe.
Ela concorreu ao Oscar de melhor atriz por seus desempenhos na comédia de Paul Mazursky, “An Unmarried Woman” (“Uma mulher descasada”) em 1978 e pelo seu papel na comédia “Starting Over” (“Encontros e Desencontros”), onde atuou ao lado de Burt Reynolds, um ano mais tarde.
Em “Uma mulher descasada”, Clayburgh foi Erica, uma esposa e mãe que morava em Manhattan, cujo mundo desmorona quando seu marido, sem mais nem menos, a abandona por uma mulher mais nova.
No decorrer do filme, ela começa um relacionamento com um artista, interpretado por Alan Bates, mas também descobre sua própria força interior, sua voz e sua independência.
Clayburgh ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Cannes, pela sua atuação.
Seus papéis na década de 1970 e no início dos anos de 1980, refletiram as mudanças e desafios que as mulheres enfrentaram naquela época.
“Acho que as pessoas olham para mim e pensam que sou um personagem bem feminino”, disse ela ao Times em 1982. “Mas não é o que faço melhor. Me dou melhor com personagens que estão desmoronando.”
Clayburgh também atuou frequentemente na Broadway e na televisão. Ela foi indicada ao Emmy por sua atuação como uma prostituta no filme para TV “Hustling”, de 1975 e em 2005, por sua atuação no seriado “Nip/Tuck”. Ela também foi a mãe da personagem título do seriado premiado “Ally McBeal”.
Seu último filme “Bridesmaids”, ainda não foi lançado.
Por Chris Michaud