No auge do sucesso, quando estreou a “Casa dos Artistas 2″, Silvio  Santos tinha plena certeza de que repetiria o êxito da pioneira primeira  edição. No entanto, passou-se uma semana e veio a primeira surpresa. O  eliminado, Lulo, teria uma segunda chance. E assim foi. Ficou mais uma  semana na casa apenas para ser limado da competição de novo. O mesmo se  repetiu com outros famosos, que não tiveram o mesmo destino do ator e  cantor e foram se acumulando. No meio do reality show, outra novidade:  dois novos participantes, Rafael Vanucci e Carola Scarpa invadiram o  programa. Um deles, inclusive, acabou ganhando o prêmio. Mas aí já era  tarde demais e os números já tinham despencado.
Em tempos de “BBB 11″, é importante que Boninho e a Globo lembrem  desse caso. Ao longo das primeiras semanas, não faltaram novidades no  programa. Tudo para que os participantes, que mais pareciam samambaias,  acordassem para o jogo. E, por incrível que pareça, no momento em que a  competição começou a deslanchar, com fagulhas de conflito, já era tarde  demais. Mais uma surpresa estava engatilhada e dois novos personagens  foram inseridos na trama: Adriana e Wesley. Ao contrário do que  esperava-se, eles não “causaram”. A loira manteve-se anímica. O fortão  tentou a todo custo – sem muito sucesso – conquistar Maria. Para  apimentar ainda mais a disputa, Maurício voltou para o jogo por meio da  Casa de Vidro. Anuncia-se, assim, a possibilidade de se formar um  triângulo amoroso. Ledo engano.
Não há dúvidas de que Mau Mau é um cara muito bacana. Tão bacana que  não deve causar a mínima confusão quanto ao assunto. Dificilmente o  conflito será resolvido com algo que não um diálogo. Ou seja:  ingrediente não muito necessário num reality show. Acumulam-se jogadores  na batalha pelo prêmio milionário e o propósito da produção, eliminar  um a um, tem sido colocado em segundo plano. Reality show só fica legal  conforme as chances vão sendo afuniladas.
Maurício já disse que voltou para “jogar com o coração”. Desde já  mostra-se como um provável finalista do programa. Que pelo menos, para  apimentar a atração, ele protagonize um remake do paredão no qual  enfrentou Diogo. E que dessa vez o resultado seja diferente. Afinal de  contas, está difícil de aguentar o hiperativo coreógrafo. Só mesmo  abaixando o volume da TV a cada vez que ele surge. Novidade é bom e todo  mundo gosta. Mas é preciso cuidado. Quando em excesso, pode surtir o  efeito contrário. Não esqueça da “Casa dos Artistas”, Boninho!
FERNANDO OLIVEIRA
IG