
Muito bem avaliada nos grupos de  discussão, “Araguaia” é mais uma prova de que o sucesso de uma novela  está na mistura certa entre qualidade do texto, elenco bem escalado e  produção impecável. Uma história bem amarrada é fundamental para  conquistar o telespectador que já não aceita mais sequências jogadas e  apenas o conflito entre o bem e o mal. Hoje uma boa personagem de novela  é aquela que mostra ser forte para lutar pelo que quer, mesmo que em  alguns momentos demonstre sentimentos não tão nobres. É o caso de  Estela, interpretada por Cleo Pires. Longe de ser a mocinha de  “Araguaia”, ainda sentindo a morte de Fernando se jogou nos braços do  filho do amado, o belo Solano. E não mede esforços para afastar Manuela  do herói da história. O interessante é que a telespectadora torce por  Estela porque há uma certa química entre Murilo Rosa e Cleo Pires. É  esse o jogo mais interessante de uma novela porque muito em breve  Walther Negrão deixará claro que Estela não vale muito transformando a  visão do público.
Além disso, “Araguaia” acertou ao  escalar Murilo Rosa para protagonista e Raphael Viana como o homem que é  capaz de confessar que sofre por amor. As telespectadoras agradecem…  porque gostam de sonhar com o príncipe encantado da televisão, o homem  forte, apaixonado e sedutor. Isso é verdade e não é machismo. Já ouvi  muito diretor de novela afirmar que o mais difícil na escalação de uma  novela é fechar o elenco masculino, principalmente das tramas rurais que  exigem mais virilidade.
Por José Armando Vannucci, crítico de TV e jornalista da Rádio Jovem Pan e do Parabólica JP
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