domingo, fevereiro 12, 2012

‘Rei Davi’, entre altos e baixos, é um acerto da Record

 

Sabe aqueles filmes épicos estrelados por Charlton Heston, como “Os dez mandamentos”? Essa parece ser a inspiração para “Rei Davi”, minissérie da Record escrita por Vivian de Oliveira e dirigida por Edson Spinello. Seus cenários e figurinos são caprichados. Spinello investiu numa iluminação cheia de filtros de gosto questionável, mas que, no fim das contas, está em sintonia com uma produção que perseguiu o rebuscamento sem reservas. E por que não? Afinal, as histórias bíblicas são praticamente um convite para uma viagem fantástica e permitem inexatidões históricas em favor do que é simbólico, do que o público imagina que foram aqueles tempos remotos. A minissérie faz isso com êxito.
Gracindo Jr. se destaca como o cruel Rei Saul. Como ele, Maria Ribeiro (Mikal), Bianca Castanho (Selima), Roberta Gualda (Tirsa) e Renata Dominguez (Bate-Seba). Leonardo Brício, um bom ator, ainda está acanhado em cena. Mas vale esperar pelos próximos capítulos, quando ele finalmente deixar para trás a insegurança do protagonista que começa pastor, mas chegará ao trono de Israel.
“Rei Davi”, entretanto, cai muito quando deixa de lado a grandiloquência e abraça as pequenas intrigas cotidianas entre seus personagens. O ritmo do enredo fica irregular e o espectador sente que está acompanhando um mero leva e traz de fofocas de um acampamento. Nessas horas — e elas são muitas —, a minissérie tão ambiciosa se transforma numa novela mixuruca, sem o alcance da voz poderosa de Charlton Heston ordenando que o Mar Vermelho se abra. Entre altos e baixos, porém, a produção é um acerto da Record.


 TV FOCO

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