Quem
 matou Salomão Hayalla (Daniel Filho) está longe de ser a maior questão 
de "O Astro". A Globo quer é saber o que fará a audiência voltar a 
levitar na faixa das 23h assim que a macrossérie --ou "novelão"-- 
acabar.
O
 remake não manteve os 28 pontos da estreia (cada ponto equivale a 58 
mil domicílios na Grande SP). Ainda assim, os truques de Herculano 
Quintanilha (Rodrigo Lombardi) acabaram com o coelho na cartola da 
Record: a nova edição de "A Fazenda" não rendeu o esperado.
Com
 média no país na faixa dos 20 pontos (aferição do Painel Nacional de 
Televisão), "O Astro" engoliu a concorrência e fez subir a audiência da 
emissora nesse horário em 25% em relação ao mesmo período em 2010. 
A
 média animou o canal a criar uma nova faixa de novelas às 23h. Ainda 
não há nada decidido para 2012, mas a Globo diz que novos formatos 
virão, talvez intercalados com séries menores.
Formato menor, mais liberdade e qualidade: a faixa já é cobiçada entre autores.
"O
 horário é ótimo, porque possibilita histórias mais intensas, mais 
liberdade, já que a classificação indicativa, na prática, equivale a uma
 censura", diz Walcyr Carrasco, autor de "Morde & Assopra".
Como
 a faixa das 23h é inadequada para menores de 18 anos, cenas de nudez e 
de violência ganham vez, ao lado de temas moderninhos demais para mais 
cedo.
Mesmo assim, há quem defenda que o espaço seja reservado apenas para remakes de clássicos da dramaturgia.
Nessa fila já está "Que Rei Sou Eu?", sucesso que ganhará nova versão pelas mãos de Maria Adelaide Amaral.
Nessa fila já está "Que Rei Sou Eu?", sucesso que ganhará nova versão pelas mãos de Maria Adelaide Amaral.
"O
 formato menor é um conforto total para quem assiste e para quem 
escreve. É a possibilidade de fazer uma obra mais enxuta, com qualidade 
de minissérie", diz.
Maria
 Adelaide não descarta, porém, a criação de novelas para o horário. 
Intercaladas com séries menores, elas seriam a preferência de Ricardo 
Linhares, autor de "Insensato Coração".
Já
 Manoel Carlos não vê limites para a nova faixa. "Remakes, obras 
originais, adaptações de romances: já tivemos na Globo, com sucesso, 
essa faixa de novela, que permite liberdade na escolha da condução de 
histórias", diz. 
Folha


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