Num mercado cada vez mais acirrado, a televisão brasileira já vive 2011, pelo menos nas reuniões de planejamento e desenho das grades. Verbas, orçamentos, projetos e contratações estão definidos para o próximo período, mas, é claro, haverá espaço para decisões de última hora, ajustes necessários e sondagens excepcionais. Todas as emissoras olham atentamente para as faixas matutina e vespertina que podem fazer a diferença na elaboração da média/dia. Alguns executivos acreditam que há mais espaço para crescimento no período da tarde, uma vez que a audiência está concentrada nas reprises de novelas, filmes voltados aos jovens e enlatados.
Na quinta-feira, dia 28 de outubro, entre 12h e 18h, a Globo marcou 10 pontos, SBT e Record fecharam empatadas em 6 de média, Band e Cultura atingiram 2 e Gazeta e Rede TV ficaram com 1 ponto, números que não são muito diferentes das semanas anteriores. E é com base nesses dados que muitos executivos tentam achar a grade ideal que possa conquistar um público que deseja conteúdo inédito, prestação de serviço e informação. Em algumas reuniões já ficou acertado que é fundamental melhorar a qualidade do que é exibido nesta faixa porque só assim será possível atrair mais pessoas e, principalmente, anunciantes.
A Globo registra os piores índices em sua tarde e,por isso, há quem defenda ajustes. Uma das ideias é ampliar o “Vídeo Show” e achar uma linguagem mais popular que atenda pessoas das mais diferentes idades. Há quem afirme na própria Globo que o “Vídeo Show” ficou um programa muito “moderninho”. Bobagem e ciumeira interna. Já o “Vale a Pena Ver de Novo” buscará uma novela capaz de recuperar os índices perdidos por “7 Pecados”, que na quinta-feira atingiu apenas 10 de média, o equivalente a 31% de share.
Já o SBT pode surpreender com uma revista eletrônica mais popular aproveitando parte da ideia do “Olha Você”. Há quem defenda a exibição de apenas uma novela já que atualmente “Pérola Negra” e “Esmeralda” oscilam entre 4 e 6 pontos.
Na Record a situação não é muito diferente. Os mais conservadores afirmam que é melhor não mexer muito porque a tarde da emissora não exige grandes orçamentos e as reprises de reportagens do "Tudo a Ver” garantem o mínimo necessário para segurar o SBT. Já os mais modernos e ousados vislumbram um programa capaz de unir credibilidade e faturamento com conteúdo inédito.
A Band está cheia de planos e sua diretoria sabe que muita coisa pode mudar se a emissora acertar nessas duas faixas e conquistar audiência, já que a grade noturna encosta no SBT.
Nos corredores da Rede TV! ninguém esconde mais a preocupação com o “Manhã Maior”, programa que exige uma reforma de difícil execução e que só terá solução na conquista de credibilidade. Para a grade vespertina a emissora pretende investir em conteúdo já que há muito tempo os índices estacionaram.
A Gazeta promete para março muitas novidades, mas não mexerá no trilho principal (“Manhã Gazeta”, “Mulheres”, “Todo Seu”).
Já Cultura vai bem com atrações voltadas para crianças e jovens.
Por José Armando Vannucci
Parabólica Online
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