A Rede Record
comemorou aniversário nesta semana e realizou uma série de eventos
comemorativos, inclusive o lançamento do Pan Americano, evento que terá
transmissão exclusiva da emissora. Num momento de muita comemoração, o
canal deveria aproveitar para refletir sobre sua atual condição no
cenário da Televisão brasileira e toda a sua representatividade.
A
emissora mais velha do país e que teve ao longo de sua história elenco
de peso, além de programas que certamente marcaram gerações - dentro da
história do país, os Festivais de Música são inesquecíveis e muitos
deles pelo sucesso da Record - fez um grande investimento em
meados da última década com a pretensão de sair do estagnado terceiro
lugar de audiência e transformar-se na primeira colocada.
Como todos sabem, a estratégia não funcionou como o planejado e, após um momento de crescimento a Record empacou na vice-liderança com seus modestos 07 pontos de média (contra 17 da Globo). Atualmente, a emissora não tem o que comemorar. Sem identidade, sem padrão de programação, a Rede Record tornou-se numa das maiores piadas do Brasil para quem acompanha televisão.
Com a ambição desmedida de seu proprietário e de sua direção, a Rede Record
transformou-se refém de si própria e não carrega mais o charme que um
dia teve. Com uma cortina de fumaça em relação ao dinheiro que gira
dentro da emissora, as denúncias não param de surgir e, mesmo que isso
não seja provado, serve apenas como pano de fundo para os sérios
problemas.
Comandada por um Bispo que, evidentemente não tem preparo técnico algum para exercer a função, a Record não é mais nada. Não é uma emissora com personalidade, não consegue ser uma opção à Globo,
como tentou - sequer consegue ser parecida com a concorrente como
tenta. É apenas uma mancha para uma história tão bonita que não merece
comemoração. Merece os pêsames.
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