Líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Rede Record, Edir Macedo foi entrevistado pela revista IstoÉ que chegou às bancas na última sexta-feira, 23. Na conversa com o jornalista Mário Simas Filho, que rendeu a capa desta edição, o empresário disse que a Globo ataca a sua emissora devido a perda de espaço. Sobre a Igreja Católica, ele afirmou que a entidade é preconceituosa com o setor evangélico.
“A Igreja Universal foi e continua sendo atacada. Isso não acabou. Somos sempre alvo de certos setores da sociedade incomodados com a perda de espaço e privilégios, como a Globo e o Vaticano. Há um claro preconceito por trás disso. Uma postura agressiva velada. Ou alguém duvida que a Globo só me ataca e ataca a Igreja Universal por causa da Record? Para eles, a Record é uma ameaça”, contou Macedo, conforme trecho publicado pela revista da Editora Três.
Na entrevista a IstoÉ, a primeira concedida em sete anos a um veículo não pertencente à Record, o empresário e religioso falou sobre o encontro que teve em julho com Dilma Rousseff em Londres. A presidente estava na capital da Inglaterra para acompanhar os preparativos de atletas brasileiros para as Olimpíadas, evento que a Record transmitiu com exclusividade pela primeira vez para a TV aberta do Brasil.
De acordo com Macedo, ele mantém bom relacionamento com a presidente da República, e citou que a última conversa que tiveram foi para falar da democratização da mídia. O dono da Record demonstrou apoiar o projeto. “Procuramos mostrar a ela [Dilma] e aos ministros que a democracia nos meios de comunicação, principalmente na televisão, é o melhor caminho para o Brasil. Alertei a presidente que o monopólio nas comunicações é um caminho perigoso para o País”.
Ao conversar com Macedo, o repórter da IstoÉ lembrou da prisão do religioso, ocorrida em 1992. Sobre o tema, o empresário não se aprofundou, apenas comentou que sofreu, juntamente com a Universal, perseguição da Globo e da Igreja Católica. Porém, o executivo disse, em outro trecho da entrevista, que a “caça” ao seu trabalho aumentou desde que comprou a Record de Silvio Santos. Ele também enfatizou que a emissora continua crescendo, o que, segundo ele, provoca incômodo em “muita gente”.
Comunique-se