Após matar os vilões no penúltimo capítulo, as autoras de “Cordel
Encantado” encerraram a trama das 18h sem grandes conflitos e com
mensagens políticas. A última cena mostra Duca Rachid e Thelma Guedes,
acompanhadas do elenco, ouvindo a história de Jesuíno (Cauã Reymond) e
Açucena (Bianca Bin) contada pela boca de poetas cordelistas. Na
sequência, a história foi dedicada "aos poetas populares do Nordeste e
aos tropicalistas que, a partir deles, nos reinventaram". O episõdio
manteve a média e ficou acima dos 30 pontos no Ibope. Cada ponto
equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo. Os dados ainda são
preliminares.
O capítulo mostrou Jesuíno recusando a coroa de Seráfia e entregando-a
ao rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia). Ele então se casa com Açucena e
resolve voltar a Brogodó. Em discurso, Augusto conta que sua mulher
Maria Cesária (Lucy Ramos) está esperando um herdeiro. Logo depois, ele
apresenta seu filho mestiço para o povo como Augusto Frederico 4º, o
Benvindo, que tem como missão unificar o reino de Seráfia.
Embora o nascimento desse bebê pareça uma mensagem subliminar de
unificação social, durante o capítulo houve outra, mais direta,
apresentada durante um debate entre os candidatos a prefeito de Brogodó.
O príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) diz que não fará promessas, mas que
sua plataforma de campanha defende o direito à educação e a valorização
da cultura. Ele termina eleito.
Após perder a duquesa Úrsula (Débora Bloch), Herculano (Domingos
Montagner) é surpreendido pela mãe de Jesuíno, Benvinda (Claudia Ohana),
que pede para voltar com ele para o sertão. Houve nascimentos,
casamentos, mas os desfechos típicos de um final feliz se encerram com a
aparição do coronel Pedro (Caco Ciocler), que veio tomar posse das
terras que eram de Timóteo (Bruno Gagliasso). O Profeta (Matheus
Nachtegaele), então, dá a mensagem final: “Isso é para que não nos
esqueçamos que a maldade sempre vai existir.”
Além da audiência alta, um tuiteiro com perfil falso, mas que
aparentemente tem um medidor do Ibope em casa, informava outros dados
sobre o público da novela. De acordo com esse perfil, 69% dos
telespectadores da novela são mulheres. Informou ainda que 38% da
audiência de “Cordel” está na faixa etária acima dos 50 anos. Em termos
de classe sociais, ainda segundo esse perfil no Twitter, 38% são das
classes A e B, 49% da classe C, e 13% das classes D e E.
UOL
JAMES CIMINO
Editor-assistente de Entretenimento
Editor-assistente de Entretenimento