segunda-feira, abril 09, 2012

Vidas em jogo’ chega ao fim com 243 capítulos e mantém tendência de tramas longas na Record

 

O palhaço assassino tira a máscara e Francisco fica chocado em “Vidas em jogo”
Com uma previsão inicial de 200 capítulos — número já considerado longo para os atuais padrões das telenovelas —, “Vidas em jogo” será encerrada hoje, 09/04, na Record, com 43 episódios além do programado. Autora da trama, Cristianne Fridman criou novas e, muitas vezes, mirabolantes situações envolvendo seus personagens antes de revelar ao público a identidade do assassino vestido de palhaço que vem matando todos os amigos vencedores de um bolão da loteria. Mas não reclama de ter tido que apelar para a criatividade.
— Quando se tem um elenco como o de “Vidas”, fica fácil se inspirar para criar, criar, criar sem evitar a “barriga” — afirma a autora, usando o jargão que define aquela fase da trama em que parece não acontecer nada.
Apesar de ter esticado sua novela, Cristianne garante que não foi preciso fazer grandes mudanças para espantar o marasmo.
— Não mudei nada. Só retardei as passadas em algumas tramas — afirma.
Nestes últimos meses, um sem número de mortes e assuntos tidos como polêmicos — de portadores do vírus HIV ao uso de anabolizantes e viciados em crack — povoaram o folhetim. A novelista conta ter seguido exatamente a sua proposta de trabalhar os dois lados de quase todos os seus personagens. E, algumas vezes, surpreendeu os telespectadores da trama, que estreou em 3 de maio de 2011. Uma virada recente foi a da até então heroína injustiçada Rita (Julianne Trevisol), que se revelou uma vilã capaz de tudo para não perder Francisco (Guilherme Berenguer).
— O final do triângulo formado por Rita, Francisco e Patrícia (Thais Fersoza) será de acordo com a proposta da novela, na qual não tivemos mocinhos e mocinhas. Todos transitaram pelos dois lados: do bem e do mal — adianta Cristianne.
No capítulo de amanhã, Francisco ficará diante do assassino da trama. Entre mortos e feridos, sobraram como suspeitos Margarida (Amandha Lee), Marizete (Betty Lago) e Severino (Paulo César Grande).
A longa duração de um folhetim como “Vidas em jogo” contrasta com a tendência por tramas mais enxutas. Recém-encerrada no horário das 21h da Globo, “Fina estampa”, de Aguinaldo Silva, teve, por exemplo, 185 capítulos. Para Marcilio Moraes, que viu a sua “Ribeirão do Tempo” (2010/2011) permanecer no ar por quase um ano na Record — ao longo de 250 capítulos —, as histórias deveriam ter, no máximo, de sete a oito meses de exibição.
— A novela já é um gênero grande. Mas essa decisão de ficar quase um ano no ar é empresarial. Os custos são muito altos no início, mas depois vão baixando. E a audiência geralmente cresce nos meses finais — aponta Marcilio.
De acordo com o autor, os roteiristas já precisam iniciar um trabalho com muitas cartas na manga, caso seja necessário aumentar a história muito além do previsto.
— Realmente, 250 capítulos é um certo exagero. Fica exaustivo, mesmo quando a novela é boa e consegue manter o interesse do público. As tramas muito longas acabam exaurindo atores e autores — avalia ele, que volta ao ar ainda neste semestre na Record com o seriado policial “Fora de controle”, inicialmente com apenas quatro episódios previstos.
Com informações do jornal Extra.

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