As autoras Thelma Guedes e Duca Rachid vão levar um mundo de fantasia à TV com Cordel Encantado, próxima novela das 18h da Rede Globo. A trama mistura os diferentes universos de reis, sertanejos e cangaceiros, com base na história de amor de dois jovens criados no sertão nordestino. Thelma conta que a ideia já era um projeto antigo de sua parceria com Duca, e define a novela como um convite para o telespectador sonhar: “A decisão nasceu de uma vontade de oferecer ao público das 18h alguns minutos de completo deleite”. Leia a entrevista com as escritoras:
Como surgiu a ideia de escrever a trama principal de Cordel Encantado?
Thelma: Cordel Encantado é um projeto bem antigo de nós duas. Assim que nossa primeira novela saiu do ar (o remake de O Profeta), em 2007, já começamos a pensar no que seria o nosso próximo trabalho. Dentre algumas ideias, surgiu a de escrevermos uma novela que fosse um convite para o telespectador sonhar. Num primeiro momento, a decisão nasceu de uma vontade de oferecer ao público das 18 horas alguns minutos de completo deleite, sonho e fantasia, já que sabemos que é isso o que ele mais busca, quando liga a televisão nesse horário. A escolha de escrever uma trama assim é também um presente que estamos dando para nós mesmas: a oportunidade de darmos vazão às nossas almas de contadoras de história. Me sinto um pouco como aqueles narradores orais, de antigamente, que contavam e recontavam as histórias, na beira do fogo, cercados pela sua tribo. No fundo, é esse o papel e o desejo de todo escritor. Ao nos inserirmos nesse mundo de reis, profetas, princesas e cangaceiros, talvez essa natureza fique mais explícita e viva.
O que a novela vai trazer para o público das 18h?
Thelma: A novela traz elementos de narrativas míticas – universais e locais -, folhetins de aventura, histórias de cangaceiros, romances de cavalaria, de capa-e-espada. Foi assim que nasceu a história de Aurora, uma princesinha europeia, perdida de seus pais nobres, e criada no sertão, como Açucena. Essa princesa cresce e se apaixona por Jesuíno, um príncipe sertanejo, filho de um “rei” cangaceiro. Parece ser algo muito estranho e novo a junção desses universos. Mas essa mistura já existe no imaginário brasileiro. Esse sertão povoado por reis, profetas e cangaceiros está presente, há muito tempo, na nossa literatura de cordel, nos versos escritos, lidos e, muitas vezes, cantados por repentistas.
Qual o maior diferencial da novela?
Duca: Creio que o diferencial começa na história, que é bastante “inventiva”, e continua na realização: desde o elenco até a equipe, temos certeza de estarmos trabalhando com os melhores profissionais. O figurino, a arte, o tratamento de imagem, tudo tem um bom gosto incrível! Aliás, é essa a marca do núcleo Ricardo Waddington, não é? Com a direção geral da Amora Mautner, que põe verdade e brilho em tudo que faz, a novela não poderia estar em melhores mãos.
Qual está sendo o maior desafio em escrever a trama?
Thelma: Há muitos desafios. Mas o maior deles talvez seja não cairmos num tom farsesco, paródico ou infantil. Não é nossa intenção escrever uma novela infantil, nem uma sátira de costumes ou uma paródia social. O desafio é escrever a sério uma novela de reis, rainhas e cangaceiros. Queremos que os telespectadores acreditem nesses personagens e seus dramas. Riam e chorem com eles, mas não com distanciamento.
Existe uma preocupação para vocês em fazer um equilíbrio entre o drama e o humor, ou é algo que flui naturalmente ao escrever?
Duca: As duas coisas. O humor flui naturalmente, mas é claro que a gente tenta sempre equilibrar drama, romance, ação, humor, aventura, ação, dentro de um mesmo capítulo e ao longo da novela, para não “cansar” e manter o público sempre interessado nas tramas.
O que o público pode esperar do triângulo amoroso formado por Açucena, Jesuíno e Timóteo?Duca: Pode esperar muito romance, temperado com humor, ação, aventura e drama também.
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