A história de José é uma das muitas novelas "prontas" do Antigo Testamento. Os ingredientes de um bom folhetim estão lá: intriga, traição, possibilidade de vingança, volta por cima e redenção.
A autora Vivian de Oliveira ainda recheou esse material riquíssimo com novos personagens e tramas paralelas para transformá-lo na série "José do Egito", que estreou anteontem na Record.
A emissora investiu R$ 23 milhões no programa e a aposta deu certo: o primeiro episódio teve picos de 14 pontos no Ibope. A beleza das locações desérticas impressiona, assim como os detalhes da direção de arte. Ainda assim, os figurinos elaboradíssimos parecem limpinhos demais. E de onde surgiram aquelas sungas mesopotâmicas?
Mas o pior mesmo é a interpretação grandiloquente dos atores. Chega a ser constrangedor ver nomes como Celso Frateschi ou Denise Del Vecchio bradando suas falas como se estivessem num circo do interior, provavelmente por imposição do diretor Alexandre Avancini. É uma pena: com tanta opulência visual, "José do Egito" soa como um filme mal dublado.
TONY GOESCOLUNISTA DO “F5”
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