Hoje, perto das 21h, sua zapeada encontrará comediantes se revezando na Record. Inicialmente é uma boa idéia, esquetes rápidos atraem o telespectador, ainda mais com a nova turma do humor brasileiro. Todos muito bons. Passará quase uma hora e lá estarão eles, aguardando, certamente, o final da novela global. Uma hora inteira de repetições, mesmo quando interessantes, estas utilizadas para combater a poderosa arma da Globo, indica, claramente, o cansaço da rede dos bispos.
Horário onde antes víamos investimentos em novela inédita, que posteriormente seria substituída por seriado CSI e agora vemos reprise do humor nacional, 21 horas tornou-se exemplo de decadência da grade. Mesmo vendo os milhões gastos nas Olimpíadas, não temos como ignorar esta queda em horário nobre. Nossa chance, telespectador, de opção fora do mundo dos Marinhos, mixou, abriu a guarda, perdeu força. Ainda apresenta bom programa, valem as risadas, as caretas, as histórias hilariantes, porém sinaliza menor capacidade de investimento no horário.
Será que nossa esperança se voltará unicamente para o mundo televisivo de Sílvio Santos? Teremos diante desta geração o exemplo que nossos pais presenciaram com a Manchete e nossos avós, na Tupi? A coroa sempre será global? Pelo jeito, o SBT é o único capaz de se manter próximo da grandiosa. E este próximo é abismal e inatingível. Uma pena, pois quem ganha com boa concorrência, somos nós. Três empresas disputando nossa atenção é bem melhor do que apenas a velha dupla Globo/SBT.
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