As várias fotos da produção do remake de “Carrossel”, a estrear em breve no SBT, que foram divulgadas, me causaram um certo incômodo. Não tenho nada contra remakes, não acho que eles diminuam ou desmereçam a versão original. Aliás, como já ouvi dizerem certa vez, e concordo, uma boa história merece ser contada várias vezes.
O que me incomodou foi a escola, a sala de aula. Na versão brasileira, Carrossel ganhou uma escola cheia de cores, móveis modernos de material plástico e muita limpeza.
A escola Mundial no remake do SBT – Foto: Divulgação
Na versão mexicana, o folhetim de Abel Santa Cruz se passava em uma escola modesta, com móveis antigos de madeira e paredes de tons pastéis e amarronzados. Tive aquela sensação de que o SBT seguiu muito a cartilha do padrão de qualidade global. A escola ficou perfeitinha demais.
A escola na versão original da Televisa
Isso pode ser um problema, afinal considero que muito da fixação do público para com os personagens de “Carrossel” se dava pelo ambiente que eles frequentavam. A escola simplória, com móveis convencionais e decoração até meio monótona, não permitia distinguir se era uma instituição de ensino de elite ou de periferia, pública ou particular. Era uma escola comum, e assim todas as crianças se sentiam representadas ou conseguiam identificar a elas próprias e a seus coleguinhas na televisão.
A Escola Mundial que irá ao ar no SBT tem um quê de artificial e nada espartana. Imagino a mensalidade que é cobrada para estudar lá. Acho que os pais de Cirilo e Jaime Palilo não teriam condições de pagar, não.
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