Não é de hoje que muitas pessoas envolvidas com a dramaturgia da Record reclamam que a emissora não dá o verdadeiro valor ao departamento. Afastado do centro de decisões da empresa, nem sempre o RecNov está na prioridade das campanhas, ganha espaço nos programas de variedades ou tem um marketing mais eficiente para as suas novelas. A impressão que dá é que as tramas são jogadas no ar para o que der e vier, sem uma preocupação maior.
Talvez esta seja a melhor explicação para a pouca repercussão dos títulos exibidos pela Record. Até mesmo quem não costuma assistir novela sabe que um bom folhetim é aquele que repercute, se transforma em assunto nos mais diferentes locais, pauta revistas, jornais, rádios e programas do mesmo canal. Mas não é isso o que acontece com as novelas da Record. Elas ficam restritas aos resumos publicados em jornais e revistas, sem uma maior repercussão. Uma pena.
“Vidas em Jogo” tem discutido alguns temas bem interessantes e que poderiam muito bem ganhar uma dimensão maior. A novela de Christiane Fridmann aborda a questão do casal onde apenas um é portador do vírus da AIDS e tem que enfrentar esta situação para ter uma vida sexual saudável e um relacionamento intenso. O folhetim das 22h30 também leva ao telespectador a questão das crianças portadoras de Síndrome de Down. Dois assuntos importantes que, infelizmente, não ganham mais destaque porque a Record olha muito pouco para sua dramaturgia.
No capítulo desta segunda-feira, “Vidas em Jogo” mostrou a Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (ABADS), localizadaem São Paulo, que desenvolve ações sociais que auxiliam crianças e jovens portadores de deficiência intelectual. Patrícia e Francisco foram conhecer o trabalho e transformaram suas opiniões. Uma excelente ideia da autora, mas infelizmente pouco eficiente em função do pouco caso com a dramaturgia da emissora.
Parabólica – Por José Armando Vannucci
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