Beatriz e Neco podem ser considerados divisores de águas nas carreiras destes atores. Os personagens tiraram ambos da zona de conforto e lhe permitiram uma exposição difícil de ser enfrentada. Guilhermina teve de se despir em frente às câmeras e dar vida a uma mulher sexualmente liberada sem cair na vulgaridade. Humberto correu o risco de incorrer na caricatura com sua interpretação do malandro sem caráter e passou longe disso. Dois bons trabalhos de composição que roubaram a cena – especialmente quando estavam juntos em cenas de intimidade.
4) O texto refinado
Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro apresentaram ao espectador um texto para lá de refinado e com uma ousadia difícil de se ver na televisão. Alguns dos diálogos foram tirados diretamente de grandes textos da literatura mundial escritos por nomes como Rainer Maria Rilke, Dante Alighieri, Charles Baudelaire, Fernando Pessoa e Luís de Camões. Uma bela união entre o popular e o erudito.
3) Elenco coadjuvante de primeira linha
Uma das grandes virtudes de “O Astro” foi montar um time de atores super experiente e com grande carreira no teatro. Não é toda novela que pode contar com nomes incríveis como Selma Egrei, José Rubens Chachá, Paschoal da Conceição, Tuna Dwek, Rafael Primot e Vera Zimmermann. Além disso, nomes como Fernanda Rodrigues surpreenderam. A atriz roubou a cena durante os momentos de drama de Jôse.
2) A volta de Regina Duarte
Há tempos Regina Duarte merecia um papel que reconhecesse sua história na teledramaturgia brasileira. A atriz andou um tempo esquecida pelos autores, mas voltou em grande estilo. Clô é uma personagem que desperta amor e ódio, que divide opiniões. Da mesma maneira que a interpretação de Regina, que está longe de ser uma unanimidade, mas não passa batida de maneira alguma. A atriz se saiu muito bem, sim. A viúva de Salomão Hayalla é uma mulher passional, exagerada, e merece todas as caras e bocas que Regina criou para ela.
1) Rodrigo Lombardi e Carolina Ferraz
Para sorte dos espectadores, esse casal de protagonistas tinha química. E que química! Desde o primeiro capítulo dava para sentir a eletricidade entre Herculano e Amanda. Rodrigo Lombardi e Carolina Ferraz conseguiram não cair na mesmice dos pares românticos tradicionais das novelas e mantiveram-se no foco da trama durante todos os capítulos. Os atores fizeram por merecer a boa aceitação dos personagens. Agora é torcer para que sejam felizes para sempre na ficção.
Na TV
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