Mauricio Stycer
Crítico do UOL
Já é quarta-feira, 0h20, quando Britto Jr. se prepara para encerrar “A Fazenda”: “Que noite! Que prova!”, ele exclama, sinceramente empolgado. A realidade, porém, conspira contra o apresentador. Não foi uma noite especial. A prova que determinou o fazendeiro da semana não teve graça nenhuma. O reality da Record segue desorientado.
Para começar, este horário. No esforço de evitar o confronto direto com “O Astro”, o programa é atrasado diariamente. Nesta terça-feira, deveria começar às 23h, o que já é tarde, mas foi ao ar quinze minutos depois.
Principal atração da noite, a prova que define o fazendeiro (o tal “desafio semanal”), ao vivo, só é apresentada depois que a novela da Globo termina.
Enquanto esperamos pela conclusão do jantar oferecido por Clô Hayala, somos brindados com a exibição de vídeos gravados, expondo os conflitos entre os participantes.
Reconheço que é engraçado, para quem está acompanhando, ver o espetáculo que se desenrola no confinamento, as brigas por motivos fúteis, a fofoca generalizada, a infantilização galopante de todos.
Mas esse show dura 45 minutos. Mesmo para o fã, é tempo demais. Quem aguenta ver Dani Bolina reclamando da faxina, Monique Evans chorando por causa de Dinei, Gui brigando com Joana e Tiago lavando panelas durante tanto tempo?
A edição, claramente, está prolongando estes momentos além do que seria agradável, provavelmente movida pela estratégia de abiscoitar alguns pontos no Ibope depois que “O Astro” sai de cena.
Quando, finalmente, chega o tão aguardado momento da prova, a hora da verdade, já é madrugada. “A chaleira vai ferver”, promete Britto, repetindo um dos seus piores bordões. E o que acontece? Os quatro candidatos correm de um lado para o outro em busca de cereais para encher um pote. Emoção próxima de zero.
Dois deles, Joana e Thiago, completam a prova mais rapidamente e disputam uma nova prova. Agora, enchem um mesmo pote, cada um de uma vez, até que ele vire. Emoção próxima de zero. Para piorar, as câmeras acompanham a disputa à distância e não mostram detalhes cruciais.
Por alguns minutos, neste esforço de enrolação, a audiência da “Fazenda” superou a do “Profissão Repórter”, que sucedeu “O Astro” na Globo. Se este era o objetivo da Record, parabéns. O público que acompanha o reality, porém, merecia mais.
Crítico do UOL
“Que noite! Que prova!”, exclama o apresentador ao final de uma noite com pouquíssima emoção, encerrada à 0h30
Para começar, este horário. No esforço de evitar o confronto direto com “O Astro”, o programa é atrasado diariamente. Nesta terça-feira, deveria começar às 23h, o que já é tarde, mas foi ao ar quinze minutos depois.
Principal atração da noite, a prova que define o fazendeiro (o tal “desafio semanal”), ao vivo, só é apresentada depois que a novela da Globo termina.
Enquanto esperamos pela conclusão do jantar oferecido por Clô Hayala, somos brindados com a exibição de vídeos gravados, expondo os conflitos entre os participantes.
Reconheço que é engraçado, para quem está acompanhando, ver o espetáculo que se desenrola no confinamento, as brigas por motivos fúteis, a fofoca generalizada, a infantilização galopante de todos.
Mas esse show dura 45 minutos. Mesmo para o fã, é tempo demais. Quem aguenta ver Dani Bolina reclamando da faxina, Monique Evans chorando por causa de Dinei, Gui brigando com Joana e Tiago lavando panelas durante tanto tempo?
A edição, claramente, está prolongando estes momentos além do que seria agradável, provavelmente movida pela estratégia de abiscoitar alguns pontos no Ibope depois que “O Astro” sai de cena.
Quando, finalmente, chega o tão aguardado momento da prova, a hora da verdade, já é madrugada. “A chaleira vai ferver”, promete Britto, repetindo um dos seus piores bordões. E o que acontece? Os quatro candidatos correm de um lado para o outro em busca de cereais para encher um pote. Emoção próxima de zero.
Dois deles, Joana e Thiago, completam a prova mais rapidamente e disputam uma nova prova. Agora, enchem um mesmo pote, cada um de uma vez, até que ele vire. Emoção próxima de zero. Para piorar, as câmeras acompanham a disputa à distância e não mostram detalhes cruciais.
Por alguns minutos, neste esforço de enrolação, a audiência da “Fazenda” superou a do “Profissão Repórter”, que sucedeu “O Astro” na Globo. Se este era o objetivo da Record, parabéns. O público que acompanha o reality, porém, merecia mais.
Uol Televisão
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