Olá, internautas
A décima primeira edição do “BBB” não engrenou na audiência. Algumas razões podem ser citadas em uma breve análise. A primeira é que o sucesso do reality no Brasil se deve, principalmente, por ser “colado” na tradicional novela das oito (ou das nove). O programa de Pedro Bial herda a audiência da atração mais assistida da TV brasileira. De 2010 para cá, três novelas consecutivas corroeram a faixa horária, “Viver a Vida”, “Passione” e agora “Insensato Coração” que também não consegue grande repercussão.
Para reverter o quadro, o elenco do “BBB 11” deveria ser excepcional para alavancar sua própria audiência. Isso não ocorre. A segunda razão para o não bom desenvolvimento do reality recai nos “brothers” e “sisters”. A direção não escolheu confinados carismáticos e de personalidade para encarar o jogo. O telespectador não se identifica com os confinados. O burburinho, que ocorre na internet, recai na vulgaridade dos brothers durante as festas. Outros vomitam após uma noitada de bededeira. É uma autêntica pornochanchada. Só que tais cenas não vão ao ar na edição da TV aberta. Mesmo assim, um clima mais sexualizado jamais levantará a audiência do “BBB”. A questão da homossexualidade ou bissexualidade (Daniel, Lucival, Diana, Paula, entre outros) também não está bem retratada no show. Isso é bem melhor desenvolvido na novela "Ti-Ti-Ti". Aliás, a temática surge em overdose na atual programação da Globo.
O sucesso do reality recai na edição “telenovelizada”. Mocinho versus vilões. Algum elemento real de romance. Nesta edição, por exemplo, não aparece também, de forma clara, a divisão dos quatro grupos.
O terceiro motivo para a não explosão do BBB 11 no IBOPE se deve ao próprio desgaste do formato. Desde a sexta temporada, o programa perde audiência. O jogo ficou muito manjado. Não há naturalidade. Além, disso, nas últimas edições, quem venceu foram dois competidores, no mínimo, controvertidos que contaram com a ajuda de torcidas organizadas, Max e Marcelo Dourado. O telespectador comum, que não se vê representado na votação, simplesmente fugiu do reality. Além disso, a Record acertou com “A Fazenda”, também um reality de confinamento que, neste ano, antecedeu o programa da Rede Globo. O telespectador que acompanhou a vitória de Daniel Bueno precisa de um fôlego para voltar a acompanhar uma atração similar.
Todos esses elementos ajudam a esclarecer a perda da força do “BBB”. Agora, Boninho e equipe mexerão com a estrutura da atual edição para tentar reverter o quadro. Veremos o que acontece.
Fabio Maksymczuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELA SUA OPINIÃO.