DE SÃO PAULO
Continuo achando que o programa ficaria melhor sem tantas provas, tantas regras, tantas imunidades. O interesse cresce quando os "brothers" são deixados em paz: é aí que surgem os conflitos. E surgem do nada. Adoro as justificativas quando alguém manda um castigo para outro concorrente: 'é porque ele me olha meio assim'. Assim como? São antipatias gratuitas, sem nenhuma razão objetiva. Aliás, como também acontecem do lado de fora da casa. Neguinho simplesmente não vai com a cara do outro, e é o que basta.
O contrário também rola. Alianças surgem a esmo, muitas vezes contra os próprios objetivos do candidato. Foi engraçado ver como Natália reagiu quando Maurício despachou Michelly para o temido quarto dourado. Ela se revoltou, muito mais do que a 'vítima'.
'E se ela apertar o botão para sair?', lamentava a policial. Se Michelly apertar o tal botão --que parece que nem existe-- vai ser bom para todos, Natália, inclusive para você. Uma concorrente a menos. Mas a perspectiva de perder a companhia da moça abalou a mais durona das 'sisters'. Nesse mato tem lebre.
E lebre foi o que não faltou durante o "drinking game" proposto por Diana. Ah, Diana, como você é bacana. A amazona loura propôs a brincadeira do 'eu nunca': uma variação etílica do jogo da verdade. Alguém fala alguma coisa, e quem já tiver feito a tal coisa vira rapidamente um copinho de bebida. Algumas meninas toparam e logo muitos segredos vieram à tona. 'Eu nunca fiquei com mulher' (Diana e Natália beberam, esta última confirmando minhas suspeitas). 'Eu nunca peguei namorado de amiga' (todas). 'Eu nunca fiquei com homem comprometido' (idem).
Pena que a edição transformou este momento tão revelador num flash de poucos segundos. Talvez para dar tempo para a prova do anjo, mais uma ação de merchandising constrangedora. Os participantes eram obrigados a gritar em voz alta o nome da variante da marca de xampu que patrocina o programa. E tiveram expostos para todo o Brasil seus parcos conhecimentos de inglês. Na boa: seria melhor que todos simplesmente andassem vestindo camisetas com os logos dos anunciantes. Mais exposição para as marcas e mais respeito com o telespectador.
Daniel venceu a prova e escolheu Jaqueline e "Tatá" (Talula) para a punição prevista: as duas terão que abraçar quem estiver por perto toda vez que tocar uma musiquinha. Assim até eu.
Esse clima de congraçamento dá uma certa ralentada ao "BBB". Ninguém está lá para fazer amigos: há muito dinheiro em jogo, e do lado de cá nós queremos ver sangue. Mas quem assume que está jogando é logo eliminado. A hipócrita 'cordialidade' brasileira acaba vencendo; permanece na casa quem se faz de sonso, quem age como se estivesse numa colônia de férias. Todos os integrantes sabem disto, e assim a disputa prossegue em banho-maria. Até o momento em que têm que selecionar os membros do paredão: é hoje à noite, uêbaaa.
FOLHA ILUSTRADA
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