Mauricio Stycer
Em três cenas, duas exibidas no sábado e uma nesta segunda-feira, “Fina Estampa” detalhou um golpe que tem sido aplicado majoritariamente em homossexuais, o chamado “Boa Noite Cinderela”.
Pereirinha (José Mayer) convence Enzo (Julio Rocha) a aplicar o golpe no antiquário Barinski (João Bourbonnais) para descobrir onde ele escondeu o tesouro que a dupla procura já há dois meses.
Pereirinha ensina que Enzo deve seduzir o homossexual, distraí-lo e, sem que ele veja, jogar um comprimido em seu copo de bebida, afim de dopá-lo. “Você vai derrubar o cara”, explica. “Quando o cara estiver caído no chão, a caminho do paraíso, você se aproxima dele e pergunta no ouvido onde ele guardou…”
O golpe foi colocado em ação por Enzo ainda no capítulo de sábado e concluído nesta segunda-feira (foto acima), exatamente como planejou e previu Pereirinha. Sob efeito do remédio jogado em seu uísque, Barinski revela o segredo que a dupla perseguia.
A cena levanta uma velha discussão, tão antiga quanto a própria televisão: ao descrever um golpe com tantos detalhes, a novela está ajudando a disseminá-lo ou a preveni-lo?
Sempre que pressionada por quem a acusa de promover a violência em suas novelas, a Globo argumenta que produz obras de ficção. “Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”, diz o texto ao fim de todas as produções da emissora.
É uma resposta tecnicamente correta, que vale para qualquer criação artística. Mas o impacto de uma obra exibida para milhões de espectadores, em um meio de comunicação de massa como a televisão, vai muito além disso.
Na minha opinião, neste caso específico de “Fina Estampa”, as cenas serviram mais para alertar os incautos do que para ensinar futuros golpistas, mas sei que muita gente pensa diferente. O que você acha?
Postado por ADTV - Audiência d
Em três cenas, duas exibidas no sábado e uma nesta segunda-feira, “Fina Estampa” detalhou um golpe que tem sido aplicado majoritariamente em homossexuais, o chamado “Boa Noite Cinderela”.
Pereirinha (José Mayer) convence Enzo (Julio Rocha) a aplicar o golpe no antiquário Barinski (João Bourbonnais) para descobrir onde ele escondeu o tesouro que a dupla procura já há dois meses.
Pereirinha ensina que Enzo deve seduzir o homossexual, distraí-lo e, sem que ele veja, jogar um comprimido em seu copo de bebida, afim de dopá-lo. “Você vai derrubar o cara”, explica. “Quando o cara estiver caído no chão, a caminho do paraíso, você se aproxima dele e pergunta no ouvido onde ele guardou…”
O golpe foi colocado em ação por Enzo ainda no capítulo de sábado e concluído nesta segunda-feira (foto acima), exatamente como planejou e previu Pereirinha. Sob efeito do remédio jogado em seu uísque, Barinski revela o segredo que a dupla perseguia.
A cena levanta uma velha discussão, tão antiga quanto a própria televisão: ao descrever um golpe com tantos detalhes, a novela está ajudando a disseminá-lo ou a preveni-lo?
Sempre que pressionada por quem a acusa de promover a violência em suas novelas, a Globo argumenta que produz obras de ficção. “Esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade”, diz o texto ao fim de todas as produções da emissora.
É uma resposta tecnicamente correta, que vale para qualquer criação artística. Mas o impacto de uma obra exibida para milhões de espectadores, em um meio de comunicação de massa como a televisão, vai muito além disso.
Na minha opinião, neste caso específico de “Fina Estampa”, as cenas serviram mais para alertar os incautos do que para ensinar futuros golpistas, mas sei que muita gente pensa diferente. O que você acha?
Postado por ADTV - Audiência d
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