O último programa do comediante na Record vai ao ar nesta segunda (26)
Foto: Franciso Cepeda/AgNews
Imitador consagrado, piadista de respeito e criador de João Canabrava, um dos personagens mais marcantes da história do humor na TV, Tom Cavalcante, após 7 anos, se despede da Rede Record, com a última edição de seu Show do Tom, nesta segunda (26). Sobre o futuro, poucas estratégias concretas, a não ser a virada do ano em família, por Las Vegas, e duas apresentações teatrais no fim de janeiro, em São Paulo. Televisão? Nada certo ainda, nem mesmo um possível retorno à Globo, emissora onde, para muitos, Tom criou desafetos. Boato, aliás, que o humorista negou ao bater um papo com a coluna.
Confira na íntegra a conversa, em que o comediante falou sobre a emoção da despedida, o aprendizado do humor e os novos nomes que têm feito o mestre sorrir.
Jornal do Brasil – Qual foi a sua sensação durante a gravação do último programa, após 7 anos de Record?
Tom Cavalcante – Sou afeito a desafios e grandes emoções. O último programa trazia, mesmo antes de começar, essa carga de emoção. Foi duro ouvir depoimentos cheios de revelações e carinho, sem deixar rolarem as lágrimas. O grupo (produção e elenco) era muito unido, daí a dificuldade de assimilarem o final de sete anos de intensa convivência.
Você acha que ainda tem o que aprender sobre ‘fazer humor’, após tantos anos na estrada?
Tom Cavalcante – Na verdade, tudo está começando. No meu segmento, diferentemente de outras profissões, nossa trajetória pode ser mais longa. Tenho muito o que aprender e procuro essa redescoberta a cada dia. Pretendo enveredar hora dessas pelo cinema. Um ambiente que exige conhecimento, e muito.
Do que tem surgido nos últimos anos na cena humorística, tanto no teatro quanto novos nomes na TV, o que mais tem lhe agradado? E o que mais tem lhe desagradado?
Tom Cavalcante – Tenho acompanhando uma nova onda no ambiente do humor no país. Até agora, nada muito diferente do que já conheço e vi. Tenho dado boas gargalhadas com algumas montagens teatrais, como Gaiola das loucas, com Miguel Falabella e Diogo Vilela. Na TV, curto as abordagens aos políticos feitas pelo grupo do CQC. Acho A Grande Famíliaum rico programa. Da nova geração, tenho visto hilárias imitações da Dani Calabresa e bons momentos do programa do Marcelo Adnet, na MTV.
Há possibilidade de um retorno à Globo? Teria prazer em retornar? Há desafetos por lá?
Tom Cavalcante – Não descarto a possibilidade. Um profissional atua onde lhe oferecem melhores condições. Desconheço a existência de desafetos. Hora dessas pode ser que me sejam apresentados.
PORTAL TERRA
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