O capítulo da última quinta-feira de “Fina Estampa” entrará para a história recente da teledramaturgia brasileira. Não necessariamente pelo que foi apresentado, mas principalmente pelo resultado alcançado. O folhetim de Aguinaldo Silva atingiu aqui em São Paulo a impressionante marca dos 70% de share, deixando para as concorrentes Cultura, SBT, Record, Rede TV, Band, TV Mix e MTV os outros 30% do público. É muita audiência e há muito tempo uma novela das 21h não atingia esta marca.
O resultado alcançado por “Fina Estampa” abre uma importante discussão sobre o que o telespectador realmente gosta de assistir. Já ouvi críticas sobre o tom exagerado de algumas atrizes, reclamações da pegada mais popular no texto e até comentários sobre a falta de realidade em “Fina Estampa”. Mas novela não precisa necessariamente ser fiel ao mundo real, apenas partir dele. Teledramaturgia pode e deve exagerar, usar cores mais fortes para divertir e criar tipos para envolver o público. É ficção. E parece que é isso o que o telespectador quer neste momento, pelo menos é o que mostra a medição de audiência tão apreciada pelos executivos da televisão.
“Fina Estampa” dá muitas lições para a Globo e suas concorrentes, semdo a principal que é possível fazer com qualidade um produto voltado para a massa.
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