Não é apenas a alta cúpula da Record que está preocupada com a queda de audiência em parte da faixa noturna da emissora. Executivos e produtores também demonstram um olhar mais atento para os índices que não reagem desde que a grade foi retomada após o término do Pan-Americano de Guadalajara. O foco da preocupação está na faixa que vai das 20h às 22h30 e que compreende o “Jornal da Record” e a série “CSI”. As duas atrações perderam fôlego e deixaram o SBT se aproximar ou ultrapassar em algumas ocasiões.
A situação mais delicada é registrada no “Jornal da Record”. Nesta segunda-feira, por exemplo, o telejornal de orçamento elevado fechou num empate com o SBT que, nesta faixa, exibiu parte do “QST” e “Ratinho”. O prime-time da Record só melhora durante a novela “Vidas em Jogo”, produto pouco prestigiado nas ações de marketing e “cross media” da Record. No início da noite, “Rebelde” também registra bons índices, apesar de receber muito mal da série “Todo Mundo Odeia o Chris”, que nesta segunda-feira ficou empatado com a Band em terceiro lugar com apenas 5 pontos.
Nos bastidores da Barra Funda são muitos os que afirmam que é questão de tempo para a alta cúpula mexer na grade porque a pressão por resultados é cada vez maior. Na Record, há um discurso comum sobre o desempenho da emissor: “o horário nobre é a faixa capaz de colocar a emissora na vice-liderança na média/dia porque no período da tarde a programação não vai bem e pela manhã fica em terceiro lugar, mas sempre próximo do SBT e Globo”. O problema, segundo os próprios executivos, é que a audiência caiu durante duas horas do prime-time, o que poderá prejudicar o desempenho na média/dia.
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