Pan faz Ibope da Record crescer so 2 décimos

O desempenho da Record durante o mês de outubro ainda será tema de algumas reuniões na Barra Funda. Muitos ainda não entendem como, apesar de todo o investimento com Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, a audiência da emissora ficou estacionada. Em outubro, aqui em São Paulo, a Record atingiu 7.3 de média contra 7.1 em setembro, o que, na prática não representa crescimento. Outubro, o “mês olímpico” da Record, não será o “medalha de ouro”. Abril foi o período com melhor desempenho da emissora neste ano, com 7.6 de média, seguido por março (7.5). É bem verdade que a Record conseguiu reverter sua trajetória de queda, já que perdeu audiência em junho (7.0), julho (6.8) e agosto (6.8), recuperando em setembro (7.1). Entretanto, especialistas em estratégias não arriscam um placar muito diferente pelo menos até o final deste ano.
São muitas as explicações para este cenário que incomoda os poderosos ligados à programação. Há quem acredite que a Record ganhou um público novo (mesmo que apenas por duas semanas) com o esporte, mas perdeu quem acompanhava sua grade normal, uma vez que “Rebelde” e o “Jornal da Record” mudaram de horário. Agora, com a volta para suas antigas faixas, o desafio vai ser recuperar quem saiu do canal e se envolveu com o programa da concorrência. Também nos corredores da Barra Funda são muitos os que afirmam que o resultado de outubro é a prova maior de que a Record já bateu em seu teto de audiência e que levará mais um bom tempo para ampliá-lo.

Outubro também não foi muito bom para a Globo, que fechou com 15.6 contra 16.6 do mês anterior. O período foi positivo para o SBT, que atingiu 6.2, contra 5.8 de setembro. Diferente das concorrentes, desde o início do ano, a emissora de Silvio Santos apresenta um crescimento constante, mas modesto, saltando de 5.5 em janeiro para 6.2 em setembro, um aumento de 12%

  José Armando Vannucci