Os homens são tontos ou caricaturas grosseiras. As mulheres, com algumas exceções, são vigaristas, adulteras ou inverossímeis. Mas, sobretudo os homens, dão pena. Um, fica entre duas mulheres, não sabe ir à luta, e se consola no colo da mamãe. O outro é ludibriado o tempo todo por uma vigarista, perde o respeito de todo o mundo, tem cara de bocó e é proposto como símbolo sexual. Outro ainda é um fraco, dominado pelo pai, não sabe o que quer da vida e deixa as mulheres escaparem pelas frestas. O jovem, que não é tonto, é um bandidinho: pega, mata e come. Os personagens principais, os costureiros, são duas caricaturas, mas com impostações artificiais, não cômicas, que transformam dois bons artistas em simulacros de si mesmos. A história é a história, não tira nem acrescenta. Na época, a primeira versão, foi concebida para retratar o Denner, um costureiro notável, que iniciou o gênero grande costureiro no Brasil. Denner parecia um príncipe. Era magro, com cabeleiras loiras, considerado gay, devido aos trejeitos, mas que conquistava todas as mulheres do pedaço. Casou-se com a mais bonita delas, da família Slendore, que se transformou mais tarde em harikristna. Lembro-me dele, aos pés de Vivien Leigh, na casa do Vitor Simonsen. Parecia um galgo se aquecendo na lareira da fama. Era exótico, fazia modelos lindos, mas não precisava se declarar adepto de Hitler. Seu talento bastava para conquistar o incipiente mercado das mulheres ricas de São Paulo.
Em TI TI TI salvam-se algumas coisas, a direção de arte, pois as aberturas são criativas, originais, impecáveis como web design; Jacqueline, Claudia Raia vai muito além da caricatura. Comete todos os erros e encarna a compaixão da mulher apaixonada, não importa que por um idiota. A paixão fala mais forte do que a razão rasteira dos amores de novela. Em todas as circunstâncias ela dá um show. Ela substitui a novela inteira e acaba por afirmar a enorme superioridade das mulheres sobre os homens que aparecem na tela das sete. Sua presença acaba por perdoar a presença da malvada burra, da heroína sem sal,da virtuosa débil. Matilde, a inescrupulosa, se perdoa por si mesma, poderia ilustrar a Globeleza. Os velhos e as pessoas maduras, na novela, são verossímeis, além de serem bons atores. TI TI TI está no fim, mas não sei se vai deixar saudades.
Em TI TI TI salvam-se algumas coisas, a direção de arte, pois as aberturas são criativas, originais, impecáveis como web design; Jacqueline, Claudia Raia vai muito além da caricatura. Comete todos os erros e encarna a compaixão da mulher apaixonada, não importa que por um idiota. A paixão fala mais forte do que a razão rasteira dos amores de novela. Em todas as circunstâncias ela dá um show. Ela substitui a novela inteira e acaba por afirmar a enorme superioridade das mulheres sobre os homens que aparecem na tela das sete. Sua presença acaba por perdoar a presença da malvada burra, da heroína sem sal,da virtuosa débil. Matilde, a inescrupulosa, se perdoa por si mesma, poderia ilustrar a Globeleza. Os velhos e as pessoas maduras, na novela, são verossímeis, além de serem bons atores. TI TI TI está no fim, mas não sei se vai deixar saudades.
Blog do Jorge da Cunha Lima
EU LI A MATÉRIA ACIMA E TENHO APENAS 3 COISAS PARA DIZER:
Primeiro esse jornalista não assiste a novela,segundo viu um dia por obrigação para fazer essa "crítica" e terceiro o que ele espera da tv ,nunca vai encontar,talvez a cinco e meia da manhã no telecurso,a maioria busca das pessoas que ligam a tv as 19:00 busca simplesmente entretenimento e Ti-Ti-Ti cumpre bem esse papel,sem a preocupação de formar caráter do povo brasileiro,enfim mudar a vida do país.
ALICE BRAGA
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