quarta-feira, março 23, 2011

SBT lança novela com ambição de conquistar mercado internacional

 
Graziela Schmitt e Claudio Lins protagonizam 'Amor e Revolução'. Foto: Léo Pinheiro/Terra
Graziela Schmitt e Claudio Lins protagonizam ‘Amor e Revolução’
Foto: Léo Pinheiro/Terra
Gabriel Perline
Direto de São Paulo
Parte da cúpula da dramaturgia do SBT se reuniu na manhã desta quarta-feira (23) no Espaço Maria Antonia, em São Paulo, para apresentar à imprensa a novela Amor e Revolução, segundo trabalho do autor Tiago Santiago na emissora. A trama abordará o período da ditadura militar, ao qual o escritor se refere como anos de chumbo, e aposta suas fichas no sucesso da história, tanto que visa o mercado internacional. “Minha ambição é que esta novela seja vista pelo mundo inteiro”, comentou.
Tiago acredita que Amor e Revolução atrairá os olhares do mercado estrangeiro por tratar de um assunto que, embora remeta a um período histórico nacional, o mundo inteiro tem acompanhado. “O tema é muito propício para o momento, pois o território árabe está tomado por um processo de revolução”, disse o autor, referindo-se aos combates na Líbia.
A novela, que estreia no dia 5 de abril, é um sonho antigo de Tiago. Desde 1995, quando ainda era do time de autores de apoio da Globo, ele já pensava em escrever sobre os tempos da ditadura. “Cheguei a propor este tema na Globo e esta seria minha próxima novela na Record, mas tive o prazer de mudar para o SBT e fazê-la aqui. É um tema que nunca deixou de estar presente e mobiliza toda a sociedade”, comentou.
Amor e Revolução talvez seja a novela mais ousada que o SBT tenha se proposto a fazer até hoje, uma vez que se sustenta em um período histórico e não relata somente histórias de amores impossíveis, como as tramas anteriormente produzidas pela casa. Por tratar do período da ditadura militar, cenas de tortura e guerrilhas serão exibidas. “Não faltará emoção nesta novela. Mas não será somente tortura, tem muito beijo na boca, paixão e triângulos amorosos. O amor é sempre essencial e tem seu lugar como deve ser”, disse.
As cenas mais românticas da trama ficarão sob a responsabilidade de Graziela Schmitt e Claudio Lins, protagonistas da trama. Ela será Maria Paixão, líder do Movimento Estudantil em 1968. Ele, José Guerra, capitão do exército e de família de militares, que discorda dos rumos que o governo militar toma no Brasil. “Ela é muito decidida e engajada, luta por seus ideais e vai se apaixonar à primeira vista”, disse a atriz.
Para contar toda a história, Tiago terá 180 capítulos para desenvolver sua narrativa. “Mas se fizer sucesso, pode ser que tenha mais”, adiantou o autor, na expectativa de que o público se encante com a trama. “É uma novela para todo o Brasil e para quem quiser saber um pouco mais sobre a história do nosso País”, comentou.
Embora retrate um período histórico, Tiago fez questão de dizer que sua trama é puramente ficcional e que qualquer semelhança com a história nacional será mera coincidência. “Nenhum personagem corresponde à vida real, mas os núcleos são simbólicos e pode ser que alguns personagens lembrem algum nome conhecido daquela época, mas são histórias distintas”, concluiu.
Terra

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