domingo, fevereiro 13, 2011

Conheça a Atriz que ganhou de Stefany Britto em teste para novela das seis

Atriz fala sobre seu personagem em próxima novela das seis

 

Nanda Costa, a Lilica de 'Cordel   Encantado', a próxima novela das 18h da   Globo. Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z/Divulgação 
Nanda Costa, a Lilica de ‘Cordel Encantado’
Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z/Divulgação
Nanda Costa pode passar por uma típica pernambucana quando começa a exclamar frases com o sotaque da região. Mesmo antes de começarem as gravações de Cordel Encantado, próxima trama das seis da Globo, que estreia em abril, a atriz já se mostra incorporada à prosódia da assanhada criada Lilica, sua personagem na fábula de Thelma Guedes e Duca Hachid.
Na trama de época, a atriz nascida e criada em Paraty, cidade histórica do litoral sul fluminense, ganha destaque pelo seu jeito desprendido, que se infiltra por diversos núcleos da história comandada por Ricardo Waddington – que a dirigiu no docudrama Por Toda Minha Vida sobre Dolores Duran, no qual a atriz vivia a célebre compositora e cantora de sambas-canção. “Ela fica flertando com os caras da história e adora quando a corte chega ao sertão. Vive na rua se envolvendo com várias histórias”, adianta.

Além de ter um caso com o divertido mordomo Nicolau, que marca o retorno de Luiz Fernando Guimarães às novelas, a personagem de Nanda também acoberta as armações de Timóteo, vivido por Bruno Gagliasso. Mas sua principal função é cuidar da doce Antônia, de Luiza Valdetaro, que vive presa em casa seguindo as vontades de seu pai, o temido coronel Januário, de Reginaldo Faria. “Ela é livre, muito folgada e divertida. Estou adorando esta trama ser uma fábula e de época para não ter compromisso com a realidade”, vibra a atriz de 25 anos.
Apesar da pouca idade, já faz 11 anos que Nanda saiu da casa dos pais para tentar a carreira de atriz. Deixou para trás os palquinhos que montava em cima do restaurante da mãe em Paraty para ir morar em São Paulo, onde cursou o ensino médio e fez diversos cursos de teatro. Até conseguir uma bolsa de estudos na escola de atores do diretor Wolf Maya, que a trouxe para o Rio para estrear na TV como a Madá, de Cobras & Lagartos, há cinco anos. De lá para cá, a carreira ascendente surpreendeu Nanda, que não fazia planos de atuar na TV. “Eu era uma criança inquieta, imitava vozes, o jeito das pessoas. Para mim, tevê era quase inalcançável”, assegura.
Mas sua carreira começou a realmente ficar mais palpável depois que se destacou em Viver a Vida como a sonsa Soraya. “Comecei a novela com as pessoas falando que eu era a menina de Búzios e terminei com o público me chamando de Nanda Costa. Passei a ser reconhecida ali”, orgulha-se a atriz, que, na mesma época, foi premiada como Melhor Atriz no Festival do Rio pelo longa Sonhos Roubados, de Sandra Werneck. “Foi o primeiro reconhecimento do meu trabalho, que se consagrou quando fiz Clandestinos vivendo eu mesma, uma atriz de sucesso da novela das oito da Globo“, avalia.
Inquieta na carreira, Nanda não se restringe à atuação. Além de cursos de voz, toca violão, flauta transversal e se dedica com afinco para extrair vivências dos mais diversos personagens não só para trabalhos atuais, mas em uma forma de armazenar bagagem na carreira. Acabou de ficar dois meses no sertão de Pernambuco filmando o longa A Febre do Rato, de Cláudio Assis.
“Tudo que peguei de informações, como o sotaque, agora uso na novela”, explica a atriz, que também tem pesquisado por horas, no Youtube, sobre entrevistas com pernambucanos famosos, como os músicos Lenine e Otto. “O pernambucano fala com aquela urgência de quem puxa a rede de pesca do mar para comer. Fala rapidinho. Já estou com essa embocadura. O resto é ficar atenta e me deixar levar. Estou aberta a tudo”, avisa, com um sorriso no canto da boca.

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