- Durante a "prova do anjo", vencida por Daniel, os candidatos precisavam falar o nome de uma marca de desodorante
Num programa, até o momento, beirando o tédio, nada chamou mais atenção nos últimos cinco dias do que o desodorante que patrocinou a “prova do anjo”. O nome da marca, que promete ação prolongada, foi citado 21 vezes ao longo de três minutos e vinte segundos no último sábado.
Creio ser um recorde na história da Rede Globo, talvez na história da tevê mundial. Um recorde que expressa o sucesso do BBB, o que é motivo de alegria, mas provoca incômodo, por sinalizar uma completa indiferença pelo espectador.
Para quem aguardava a definição do “anjo”, recorrer ao controle remoto naquele momento seria uma dura opção. Só restou ouvir a repetição irritante da marca, gritada com gosto pelos participantes, que provavelmente nada ganharam para isso.
É sempre comovente ver a dedicação e boa vontade destas figuras. Pela possibilidade de conhecer a fama e faturar R$ 1,5 milhão, topam qualquer negócio e se submetem a todas as humilhações propostas.
Uma das cerejas do bolo é a chamada “prova de resistência”. A primeira deste BBB11 ocorreu na última quinta-feira (20). Fechados dentro de dois cubículos, vestindo roupas ridículas, os 16 participantes duelaram pelo direito de ser o líder da semana.
Mal a prova começou, foram alvo de jatos de água gelada e, depois, fumaça. Este efeito, incrível, não fez muito sucesso, já que impediu o público, em casa, de enxergar o que acontecia dentro do cubículo no Projac.
A prova só terminou depois de 12 horas. Quem acompanhou ficou com a impressão que as regras pareciam alteradas e redefinidas ao sabor de cada momento. A certa altura da madrugada, no afã de encurtar o suplício, os candidatos foram informados que não poderiam mais se sentar. A decisão afetou os mais altos, obrigados a ficar com as costas dobradas, que logo desistiram.
A disputa ficou, então, entre duas mulheres de baixa estatura. Uma delas, Maria, durante um alongamento para as costas, tocou a mão no chão. Foi eliminada. O público que assistia a prova no canal pago desconhecia esta regra. Venceu Natalia.
Depois da saída de Ariadna, a personagem que mais tem merecido a atenção de Mr. Edição é a promotora de eventos Michelly. Ela fala e chora sem parar. O músico Mauricio, vulgo “Mau-Mau”, a indicou para um castigo – passar 17 horas trancadas num quarto dourado (dourado?). Justificativa: “você me olha com olhar de ameaça”. Coragem falar isso de uma moça que sofre de estrabismo...
Diogo, vulgo “Gago”, encantou-se por ela e tem feito de tudo um pouco para conquistá-la. “Você não respeita a minha imagem”, gritou Michelly com o rapaz, numa de suas incontáveis brigas. Ele respondeu: “Fale baixo! Você é uma idiota. Que imagem? Olha só o que você está falando. Você está fazendo drama”.
Moral da história: Diogo e Maurício foram para o paredão e um dos dois vai embora na próxima terça-feira.
Creio ser um recorde na história da Rede Globo, talvez na história da tevê mundial. Um recorde que expressa o sucesso do BBB, o que é motivo de alegria, mas provoca incômodo, por sinalizar uma completa indiferença pelo espectador.
Para quem aguardava a definição do “anjo”, recorrer ao controle remoto naquele momento seria uma dura opção. Só restou ouvir a repetição irritante da marca, gritada com gosto pelos participantes, que provavelmente nada ganharam para isso.
É sempre comovente ver a dedicação e boa vontade destas figuras. Pela possibilidade de conhecer a fama e faturar R$ 1,5 milhão, topam qualquer negócio e se submetem a todas as humilhações propostas.
Uma das cerejas do bolo é a chamada “prova de resistência”. A primeira deste BBB11 ocorreu na última quinta-feira (20). Fechados dentro de dois cubículos, vestindo roupas ridículas, os 16 participantes duelaram pelo direito de ser o líder da semana.
Mal a prova começou, foram alvo de jatos de água gelada e, depois, fumaça. Este efeito, incrível, não fez muito sucesso, já que impediu o público, em casa, de enxergar o que acontecia dentro do cubículo no Projac.
A prova só terminou depois de 12 horas. Quem acompanhou ficou com a impressão que as regras pareciam alteradas e redefinidas ao sabor de cada momento. A certa altura da madrugada, no afã de encurtar o suplício, os candidatos foram informados que não poderiam mais se sentar. A decisão afetou os mais altos, obrigados a ficar com as costas dobradas, que logo desistiram.
A disputa ficou, então, entre duas mulheres de baixa estatura. Uma delas, Maria, durante um alongamento para as costas, tocou a mão no chão. Foi eliminada. O público que assistia a prova no canal pago desconhecia esta regra. Venceu Natalia.
Depois da saída de Ariadna, a personagem que mais tem merecido a atenção de Mr. Edição é a promotora de eventos Michelly. Ela fala e chora sem parar. O músico Mauricio, vulgo “Mau-Mau”, a indicou para um castigo – passar 17 horas trancadas num quarto dourado (dourado?). Justificativa: “você me olha com olhar de ameaça”. Coragem falar isso de uma moça que sofre de estrabismo...
Diogo, vulgo “Gago”, encantou-se por ela e tem feito de tudo um pouco para conquistá-la. “Você não respeita a minha imagem”, gritou Michelly com o rapaz, numa de suas incontáveis brigas. Ele respondeu: “Fale baixo! Você é uma idiota. Que imagem? Olha só o que você está falando. Você está fazendo drama”.
Moral da história: Diogo e Maurício foram para o paredão e um dos dois vai embora na próxima terça-feira.
MAURICIO STYCER
Crítico do UOL
Crítico do UOL
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