Com o passar dos anos a TV se desgastou e perdeu o fôlego, hoje se contabiliza mais erros do que acertos. Com uma cópia daqui, outro enlatado dali, destacamos pouquíssimas coisas nos últimos anos. Até o domingo, o mais cobiçado dos dias, ficou monótono.
Porém, ontem foi um domingo atípico, com surpresas e um frescor que merecem, sem sombra de dúvidas, uma síntese. Talvez a caixinha de surpresas, após atingir a terceira idade, queira provar que ainda mereça uma chance e com isso faça alguns – inclusive este maluco que vos escreve – pagar a língua. Digamos que ontem foi um domingo que rendeu pano pra manga, senão fosse não estaríamos aqui debatendo.
Com exceção de Celso Portiolli, Ana Hickmann, Eliana e Gugu, que não fazem jus a responsabilidade que representam o restante fez valer a pena. Faustão num de seus programas mais inspirados do ano, roubou a cena legal e arrancou gargalhadas ao comandar sua atração na base do improviso e do inusitado. O apresentador estava mais que confortável ontem, não sei se pelo fato de ser o último ao vivo do ano, mas valeu a pena. Deu pena do cabeleireiro das celebridades Wanderley Nunes. O profissional, amigo de longa data do apresentador, serviu de suporte para as graças do global. Ironizou uns, brincou com outros, riu e fez rir. E como não falar do KING KONG do ano? Susana Vieira salvou nosso domingo com sua arrogância e veneno. Pagou peitinho, cantou desafinada, errou a letra da música, falou mal de uma jurada e criticou a Globo. Realmente, foi hilário. A atriz bem que poderia ter evitado tamanha bola fora, enfiou o pé na jaca legal e nos divertiu.
De um lado prometiam que o domingo seria fantástico, do outro espetacular, mas no final a graça tomou conta. Globo e Record alardeavam para os quatro ventos que trariam reportagens especiais. A primeira sobre o Caso Bruno e golpes aplicados em consumidores, a segunda prometia “dessecar” o caso do casal assassinado pela própria filha em São Paulo. Nada surtiu efeito, registraram 19 e 11 pontos, respectivamente. Um perdeu a vice e fechou em terceiro o outro sofreu com os picos dos concorrentes.
Silvio Santos roubou a cena com Maísa e reprises – incluindo uma do Presidente Lula -, e fez o dever de casa direitinho, há dias não se via um programa gostoso de assistir. O homem do baú estava livre, leve e solto. Por pouco não soltava a franga com a música “Macho Man”.
Na outra ponta, estava o “Pânico na TV”, que com seu humor trash e hiper-divertido arrancou risos de todos. O humorístico apostou no casamento de Dani Bolina, o pico do programa inclusive, deixando o canal na liderança por alguns minutos.
Astrid Fontenelle que me permita, salve salve simpatia, um domingo que valeu a pena estar frente a TV. Não por todos e sim por Faustão, Silvio e Pânico. Os demais não merecem mais que uma rápida citação, afinal, ontem jogaram contra.
Quem diria, fomos salvos pelo peitinho da Susana.
Por: João Paulo Dell’Santo
RD1 Audiência
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